Mercado JurídicoDesenvolvimento institucional: tempo, confiança e reflexão para fortalecer OSCs

Desenvolvimento institucional: tempo, confiança e reflexão para fortalecer OSCs



No Brasil, o campo das Organizações da Sociedade Civil é extenso e extremamente diverso, com atuação em áreas como: combate à fome; assistência social; saúde; proteção dos animais; educação; meio ambiente e cultura. Com mais de 714 mil OSCs registradas (IDIS, 2022), o setor enfrenta uma dura realidade: a intensa competição por recursos raros e, na maior parte das vezes, direcionados a projetos com entregas específicas e mensuráveis.

Durante o 13º Congresso GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresas) – o maior encontro de filantropia do país –, realizado em Fortaleza na semana passada, o Instituto ACP lançou as diretrizes para promover o desenvolvimento institucional das OSCs, um esforço relevante para colocar o fortalecimento organizacional no centro das agendas de quem doa e de quem executa.

Conheça o JOTA PRO Poder, plataforma de monitoramento que oferece transparência e previsibilidade para empresas

São elas: integralidade; dinheiro; confiança; reflexão e colaboração; tempo; e pessoas. Dentre essas seis diretrizes, a de número 4 – Reflexão e Cooperação – foi o foco da minha contribuição no painel no GIFE.

Refletir, no contexto institucional, é mais do que uma pausa para avaliar: é criar cultura organizacional orientada à aprendizagem, à estratégia e ao enfrentamento das complexidades. No entanto, a cultura de aprendizagem ainda é frágil em muitas OSCs, comprimida entre a pressão por resultados, a insegurança de financiamento e a ausência de tempo e estrutura para o exercício do pensamento estratégico.

Não é uma realidade restrita apenas ao IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). É um ciclo vicioso: apenas 3% do investimento social privado vai para o desenvolvimento institucional, e as principais barreiras alegadas por doadores para o apoio às OSCs são justamente a fragilidade na gestão (47%) e a dificuldade de monitorar resultados (50%) – barreiras que poderiam ser enfrentadas, justamente, com mais investimento em fortalecimento organizacional.

A diretriz 4 nos convida a romper o isolamento. Propõe que reflexão e cooperação caminhem juntas, fomentando espaços de aprendizagem coletiva, troca entre pares e articulações estratégicas. Um apoio efetivo não pode se limitar a financiar entregas: precisa promover vínculos, fomentar autonomia, garantir tempo e liberdade criativa para que as organizações amadureçam institucionalmente.

Para os doadores, isso significa financiar explicitamente processos de formação interna, comunidades de prática e momentos de pausa estratégica. Para as organizações, implica assumir a reflexão como parte indissociável da atuação transformadora, e não como um luxo.

Desenvolvimento institucional é estratégia. E nenhuma estratégia se sustenta sem tempo, sem diálogo e sem confiança.

Para ter acesso aos detalhes completos das diretrizes, acesse o site.



Fonte: Jota

Leia mais...

Vereador promove ataque e tenta censurar o Diário Tocantinense durante sessão em Colinas

Fernandes destacou que o jornal corrigiu prontamente o erro geográfico em menos de 12 horas, reafirmando seu compromisso com a ética e a transparência . Segundo ele, quem se incomoda com a verdade tenta calar quem a publica, lembrando que “não há democracia sem jornalismo”.

Gestão sofre críticas crescentes enquanto base se fragmenta

A administração do prefeito de Colinas do Tocantins, Dr. Kasarin (PSDB), vive um momento crítico. Conforme apurado pelo Diário Tocantinense, o gestor enfrenta um crescente isolamento político na Câmara Municipal, onde já perdeu parte do apoio de vereadores que antes integravam sua base, além de sofrer pressão popular e desgaste constante junto à imprensa local.